A Federação Única dos Petroleiros segue empenhada em concluir as negociações sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) o mais breve possível. Apesar de não haver mais um prazo limitador, condicionando a conclusão da negociação até o fim do ano, a FUP reforça seu compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás no sentido da conclusão da negociação a fim de garantir os adiantamentos para o início de 2025.

A FUP alerta que ainda é necessário avançar rumo a uma PLR que contemple o desempenho do Sistema Petrobrás como um todo. Para superar os desafios, a Federação propõe a formação de uma comissão em 2025, com representantes da empresa e do Sistema de Empresas Estatais (SEST), a fim de discutir soluções e garantir mais equidade nos programas de PLR.

Há divergências nas subsidiárias

Embora a FUP reconheça avanços nos programas de remuneração variável, a situação em algumas subsidiárias preocupa. A proposta da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TGB) permanece congelada, mantendo os mesmos valores aplicados em 2023 para os anos de 2024 e 2025.

Na Transpetro, a proposta é semelhante à da holding, mas com uma exceção significativa: o piso salarial não contará com o complemento do Programa de Participação nos Resultados (PPP), mesmo que todas as metas sejam cumpridas pelo empregado.

Já na PBio, houve avanços em relação ao ano passado, mas o valor estipulado para os trabalhadores do chão de fábrica foi menor em comparação ao dos gerentes. Além disso, a retirada de valores nominais de piso e teto impacta negativamente os salários mais baixos.

A situação é ainda mais crítica na Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), que não apresentou proposta para 2024 e sugeriu valores abaixo da holding para 2025, sem a previsão de valores nominais de piso e teto, prejudicando também os trabalhadores de menor remuneração.

Com base nas condições apresentadas, a FUP recomenda a rejeição da proposta atual, reiterando a necessidade de uma PLR isonômica para todo o Sistema Petrobrás. A Federação também defende que, para novos empregados, o período de admissão inclua o tempo de curso de formação, sem prejuízo aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Estado de Greve e Mobilização

O estado de greve declarado pela FUP representa a unidade e a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras, e reforça a necessidade da defesa de condições mais justas. A Federação reafirma seu compromisso com a luta por direitos e condições dignas para todos os petroleiros e petroleiras, mantendo a pressão para avançar nas negociações em prol de uma solução justa e equilibrada.

A FUP espera que até à realização do CD, na próxima segunda-feira dia 16/12, todas as minutas já tenham sido recebidas, e dessa forma encaminhará um indicativo para as assembleias que acontecerão na sequência.