Em documento enviado à Petrobrás no dia 06 de janeiro (DNE 01/2021), a FUP tornou a cobrar explicações sobre descontos nos bancos de horas dos trabalhadores e uma série de problemas em relação à frequência, como inexistência de cálculo das HEs trabalhadas e não pagas (principalmente a partir de agosto do ano passado), exigência para que os próprios trabalhadores façam o apontamento de suas horas trabalhadas e o fato do tempo dos trabalhadores offshore nos hotéis (pré-embarque) está sendo computado como saldo negativo.
Soma-se a isso o desconto dos dias parados na greve de fevereiro de 2020, que, por acordo, deveriam ter metade das horas devidas compensadas, o que não foi possível por conta da pandemia. Agora, a Petrobrás quer cobrar tudo de uma vez.
No dia 14 de dezembro de 2020, a FUP já havia solicitado ao RH (através do DNE 118/2020) esclarecimentos sobre os descontos indevidos nos banco de horas dos trabalhadores, tanto no regime de turno, quanto no trabalho remoto, apesar dos trabalhadores durante a pandemia terem reduzido consideravelmente as horas extras, o que, consequentemente, praticamente zerou o banco de horas da maioria dos trabalhadores.
Na quarta-feira, 13, a Petrobrás, finalmente, respondeu à FUP, informando que “não foi verificado pela gerência responsável pelo tratamento da frequência dos empregados descontos abusivos no Banco de Horas”. Veja abaixo a integra do documento enviado pela empresa.
A FUP cobrou nesta quinta-feira, 14, uma reunião específica com o RH para tratar deste tema, voltando a ressaltar a importância de se buscar uma solução para os problemas de frequência denunciados pelos trabalhadores. “Destacamos os impactos da pandemia do novo coronavírus nas relações de trabalho da categoria petroleira, o que levou, inclusive, o Sistema Petrobrás a prorrogar unilateralmente a vigência dos regimes de teletrabalho, bem como de turno de 12h em refinarias e terminais, até 31 de março de 2021”, afirmou a FUP no documento enviado à Petrobras.
Veja abaixo a íntegra do documento enviado pela Petrobrás à FUP:
Fonte: FUP