Em repúdio às medidas privatistas do Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás para o período de 2015/2019, os petroleiros e petroleiras de todo o país iniciaram na tarde deste domingo, 01 de novembro, uma greve em todas as unidades operacionais da empresa, que seguirá por tempo indeterminado, até que a Petrobrás resolva compreender e, debater seriamente, a Pauta pelo Brasil. (Acesse aqui: http://fup.org.br/images/downloads/pauta-politica-unificada-2015-2017-png-apresentada-nova-2.pdf

Os trabalhadores do Sistema Petrobrás não admitem a retirada de nenhum direito adquirido nos últimos anos e reivindicam que a empresa implemente novas práticas de SMS que prezem efetivamente pela vida dos trabalhadores, já que só no ano de 2015, dezenove empregados morreram em consequência de acidentes fatais na companhia.

Além disso, a greve dos petroleiros é motivada pela luta contra o desmonte da estatal, que em seu plano de negócios, também prevê a venda de diversos ativos da empresa. Se os cortes na Petrobrás continuarem, a estimativa é de que 20 milhões de empregos deixem de ser gerados até 2019. Só na indústria naval, 15 mil metalúrgicos foram desempregados no primeiro semestre do ano. No setor petroquímico, 30 mil postos de trabalho estão ameaçados. Outros milhares de trabalhadores terceirizados também já foram demitidos ou estão na mira de corte, portanto, a greve dos petroleiros acontece por uma causa de todos os trabalhadores brasileiros: A luta contra a privatização da empresa que é a principal indutora do desenvolvimento deste país.

Os petroleiros permanecerão em greve por tempo indeterminado em todas as refinarias, terminais plataformas, campos terrestres e demais unidades operacionais das bases da FUP.

Confira a adesão à greve nos seguintes estados:

AM – Na Reman, houve corte de rendição com adesão de 90% dos trabalhadores e 100% nos Terminais Aquaviários de Coari e Solimões.

BA – As unidades da RLAM, Fafen e Terminal da Transpetro em Madre Deus, o corte de rendição foi iniciado às 15h, com adesão de 60% dos trabalhadores de turno.

CE – Estão paralisadas 13 unidades operacionais da Petrobrás no estado, entre elas, plataformas marítimas e campos de produção terrestre. Segundo informações do sindicato, até o momento, apenas 32% da produção de óleo e 37% da produção de gás estão em funcionamento. Na Petrobrás Biocombustível de Quixadá, a greve teve 100% de adesão, inclusive de supervisores, que entregaram a produção da unidade.

RN – A greve foi deflagrada no Pólo de Guamaré, em todas as plataformas marítimas e na Usina Termoelétrica Açu.

PE – Os trabalhadores do Terminal da Transpetro em Suape e da Refinaria Abreu e Lima fizeram corte total de rendição na unidade. No terminal, houve o impedimento do carregamento de bunker que abastece as térmicas da unidade.

Unificado de SP – Houve 100% do corte de rendição nas refinarias de Capuava (Recap) e de Paulínia (Replan). Na Usina Termoelétrica Luiz Carlos Prestes Três Lagoas (MS), os trabalhadores também aderiram à greve.

NF – Na Bacia de Campos, 21 plataformas foram paradas até o momento, sendo 13 com parada total e 08 com redução de produção. As plataformas paradas são: PGP-1, PCE-1, PPM-1, PNA-2, PCH-1, PCH-2, PVM-1, PVM-2 e PVM-3, P-09, P-15, P-31, P-65 (plataformas flutuantes). As plataformas com redução são: P-18, P-32, P-40, P-50, P-51, P-56, P-61, e P-62. A estimativa de redução de produção na Bacia de Campos com a parada destas unidades é de cerca de 400 mil barris por dia. No Terminal de Cabiúnas, em Macaé, houve corte de rendição

Duque de Caxias – Na Refinaria Duque de Caxias (REDUC), também houve corte de 100% da rendição, assim como no Terminal Campos Elíseos.

ES – Nas Unidades de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC) e UTG-Sul, a greve teve adesão de 100% dos trabalhadores.

RS – Houve corte de rendição na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Terminal de Rio Grande e na Usina Termoelétrica Sepé Tiaraju.

Nas unidades operacionais de Minas Gerais e Paraná, os cortes de rendição começarão a partir das 23h. 

Fonte: FUP com título da Redação