Reunidos em Assembleia Geral Extraordinária, 96,8% dos petroleiros e petroleiras norte-rio-grandenses aprovaram o indicativo de realização de uma greve geral nacional contra a privatização da Petrobrás e a retirada de direitos trabalhistas.

As sessões deliberativas foram realizadas no período de 8 a 17 de maio com trabalhadores de empresas dos setores público e privado em áreas administrativas e operacionais. De acordo com a decisão, o movimento deverá ser deflagrado em data a ser definida pela Federação Única dos Petroleiros – FUP.

Além de aprovar a realização da greve, a categoria petroleira norte-rio-grandense ratificou a subscrição de um manifesto nacional dirigido ao povo brasileiro e também decidiu fazer uma contribuição financeira emergencial destinada às entidades sindicais.

Chancelado por 97% da categoria, o manifesto conclama a população à luta em defesa da soberania nacional e da democracia, denunciando o julgamento do ex-presidente Lula como uma farsa jurídica e sua prisão como um ataque ao Estado Democrático de Direito.

Já a contribuição assistencial, com o valor de 1% (0,5% para a FUP + 0,5% para o Sindicato) do salário líquido, por um período de três meses, foi aprovada por 86% dos consultados e visa dar suporte à greve e às demais lutas da categoria, numa conjuntura em que as finanças das entidades sindicais foram duramente golpeadas pela reforma trabalhista.

Nesta quinta-feira, 17, o Conselho Deliberativo da FUP reúne-se no Rio de Janeiro. O órgão é integrado por membros da Federação e por representantes de todos os sindicatos filiados. A greve nacional foi aprovada em todas as bases de entidades fupistas e o Conselho deverá iniciar a discussão sobre os encaminhamentos necessários à organização do movimento.