A direção do Sindipetro Bahia paralisou na segunda pela manhã (28) a base de Taquipe, com todos os trabalhadores – próprios e terceirizados – durante todo o dia e deflagrou greve por tempo indeterminado na Empercom, terceirizada que deixou de pagar os salários, tíquete alimentação e plano de saúde desde março, com o beneplácito da Petrobrás.
 
A atividade teve boa repercussão e aceitação pelos trabalhadores e foi um momento onde a direção do Sindipetro colocou a posição do sindicato sobre o enfraquecimento da UO – BA. Foi denunciada ainda a postura dos gerentes que não tem compromisso com a empresa e consequentemente com os trabalhadores.
 
Surpresa foi a ver a direção da Petrobrás na Bahia chamar a polícia, desde as 6h, para reprimir a paralisação dos trabalhadores. Dirigentes do Sindipetro e trabalhadores encontraram 4 viaturas da Policia Militar de São Sebastião e Candeias, com cerca de 12 policiais, fortemente armados, numa tentativa de intimidar o ato legítimo dos trabalhadores.
 
Segundo o dirigente sindical Radiovaldo Costa, o tiro literalmente saiu pela culatra, pois o movimento foi forte e coeso, atingindo os objetivos na sua plenitude.
 
A greve na Empercom segue por tempo indeterminado, com o sindicato cumprindo todas as formalidades legais e sem nenhuma alternativa à vista, uma vez que os 350 trabalhadores da empresa na Bahia, com apoio do Sindipetro, decidiram que só retornam ao trabalho com as reivindicações atendidas. A Petrobrás, omissa, nada resolve: mantém o contrato com a Empercom, que por sua vez não paga os direitos dos trabalhadores, como salários, plano de saúde, tíquete alimentação, etc.