No dia 15 de março, milhões de brasileiros e brasileiras sairão às ruas para protestar. Convocada como Dia Nacional de Luta com Greves e Paralisações contra o desmonte da Previdência Pública, a jornada de protestos deverá aglutinar diversos setores e segmentos sociais, nas cidades e no campo. Isto, porque o povo brasileiro começa a perceber o verdadeiro significado do conjunto da obra perseguida pelo governo ilegítimo de Michel Temer: o retrocesso ultraneoliberal.

Por si só, a chamada Reforma da Previdência já representa um grave atentado. Utilizando-se de uma dispendiosa campanha de mídia, o (des)governo quer instituir a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres em 65 anos, além de desvincular os benefícios da Previdência do reajuste do salário-mínimo, afirmando existir um rombo nas contas públicas causado pelo déficit da Previdência Social. Uma verdadeira falácia!

A Seguridade Social, da qual a Previdência faz parte, possui receitas previstas pela Constituição e é comprovadamente superavitária. O problema que a propaganda do governo tenta esconder é outro. A Desvinculação das Receitas da União (DRU), que permite tirar recursos da Seguridade para pagar os juros da dívida pública, as desonerações fiscais (redução de impostos) e a sonegação é que são os verdadeiros nós do sistema.

Com a Reforma da Previdência, que ameaça extinguir o maior programa de distribuição de renda do Brasil, o que o governo ilegítimo verdadeiramente pretende é assegurar uma brutal transferência de recursos do setor público para o setor privado, especialmente, para o capital financeiro. Não por acaso, o mesmo setor que já havia sido beneficiado pela absurda PEC que congela investimentos públicos pelo prazo de 20 anos.

O mais grave, no entanto, é perceber que a Reforma da Previdência é apenas parte do projeto golpista. Isto, porque, em troca da impunidade, o (des)governo também precisa do aval do capital monopolista, principalmente, estrangeiro. Por isso, não só se apressa a entregar empresas e riquezas nacionais, como vem ocorrendo com a Petrobrás e os campos do Pré-sal, como prepara a eliminação de direitos trabalhistas conquistados há décadas, por meio da reforma trabalhista.

É hora, portanto, de unir amplas forças sociais e políticas em defesa do Brasil. Fora Temer!