Criada em 2020, Associação de Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás atua na defesa da estatal como empresa pública, verticalizada e integrada. Entidade tem questionado e responsabilizado a administração da Petrobrás por atos contrários aos interesses nacionais e à sustentabilidade econômico-financeira da empresa
A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) elegeu na noite dessa terça-feira (3/4) sua nova diretoria executiva, com mandato de quatro anos, até agosto de 2025. Mário Alberto Dal Zot, diretor de Assuntos Jurídicos, Institucionais e Terceirizados da Federação Única dos Petroleiros (FUP), foi confirmado à frente da presidência da entidade.
Reeleito por unanimidade na assembleia virtual dessa terça, Dal Zot foi o primeiro presidente da Anapetro, entidade fundada em abril de 2020, reunindo trabalhadores da Petrobrás que também são acionistas da empresa. Entidade tem questionado e responsabilizado a administração da Petrobrás por atos contrários aos interesses nacionais e à sustentabilidade econômico-financeira da empresa
Foram reeleitos ainda Paulo Ramos Neves (suplente da Diretoria Executiva) e os membros do Conselho Deliberativo da associação, presidido por Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP e do Conselho Fiscal, liderado por Valnisio Hoffmann, coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES).
Alguns nomes que compõem a nova Diretoria, fazem parte do SINDIPETRO-RN, como: Márcio de Azevedo Dias (eleito Secretário Geral), Orildo Lima e Silva e Ulisses Costa Soares (eleitos titular e suplente do Conselho Deliberativo, respectivamente), Vicente Pontes Pinheiro (membro titular do Conselho Fiscal) e Ricardo Sérgio Correia Peres (suplente do Conselho Fiscal).
“A ANAPETRO é uma articulação dos acionistas minoritários da PETROBRÁS sob a liderança da FUP que está desempenhando papel estratégico no enfrentamento a política antinacional do governo genocida e da gestão entreguista da Petrobrás e subsidiárias”, declarou Márcio Dias, Diretor Financeiro do SINDIPETRO-RN.
Já o Coordenador Geral, Ivis Corsino, ressalta que: “a ELEIÇÃO da Diretoria definitiva da ANAPETRO é um marco importante na luta do Movimento Sindical Petroleiro. Vários companheiros do SINDIPETRO-RN estão nessa frente de luta que já ocupa lugar destacado no noticiário nacional e na luta da categoria petroleira”.
Papel político
A Anapetro tem como principal objetivo atuar na defesa da Petrobrás como uma empresa pública, verticalizada e integrada, que exerça seu papel social de indutora do desenvolvimento econômico e social do Brasil e que equilibre sua necessidade de lucros com as necessidades do país.
“A Anapetro é mais um instrumento de luta da categoria petroleira contra a política de privatização dos ativos da Petrobrás e contra a visão de curto prazo da gestão da empresa, que contraria os interesses nacionais entregando o patrimônio público”, explica Dal Zot, convocando todos os petroleiros a fortalecer a associação.
A Anapetro já vem questionando e responsabilizando a administração da Petrobrás por atos contrários aos interesses nacionais e à própria sustentabilidade econômico-financeira da empresa em médio e longo prazos.
A Anapetro entrou com representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no início de março, questionando a autarquia sobre operações de insider trading com ações e opções da Petrobras envolvendo o presidente demitido Roberto Castello Branco e o então, na época, gerente Executivo de Recursos Humanos da empresa, Cláudio Costa.
A representação foi anexada a outro procedimento administrativo aberto pela CVM em 2 de março para investigar diversas transações com papéis da petroleira no período próximo à troca de comando na empresa determinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. O órgão regulador do mercado de capitais deu início à apuração após levantada a possibilidade de uso de informação privilegiada (insider trading) com ações da estatal.
A Anapetro também deu entrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com uma representação por eventuais atos lesivos ao patrimônio da Petrobras e aos interesses de seus acionistas, relativa à venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, ao Fundo Mubadala, de Abu Dhabi, por US$ 1,65 bilhão. A representação tomou como base estudo do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), que avaliou o ativo entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões, mesmo valor estimado por outros agentes financeiros.
Sobre a Anapetro
A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) foi fundada em abril de 2020 e reúne trabalhadores e trabalhadoras da empresa que também são acionistas da companhia. A Anapetro tem como principal objetivo atuar na defesa da Petrobras como uma empresa pública, verticalizada e integrada, que exerça seu papel social de indutora do desenvolvimento econômico e social do Brasil e que equilibre sua necessidade de lucros com as necessidades do país.
Com informações da FUP e do site UOL