A Diretoria Colegiada do SINDIPETRO-RN parabeniza a todos os trabalhadores e trabalhadoras da UO-RNCE que atenderam ao chamamento da entidade e participaram, de forma consciente e decidida, da jornada de lutas pelo fim do Regime Administrativo no campo.

A adoção de um Regime Especial de Trabalho para aqueles que exercem atividades eminentemente administrativas, tanto no ATP-ARG quanto nas demais bases e áreas remotas da UO-RNCE, como bases do Alto do Rodrigues (ATP), UTE-JSP, Canto do Amaro e Fazenda Belém, fará justiça aos que são penalizados com o afastamento de suas famílias, por mais de cinco meses/ano, configurando uma perda irreparável, impagável e inadmissível. O ATP-ARG é a única base no Brasil que mantem esta condição e, por isso, precisamos corrigir esta distorção.

A Greve de Advertência de 48 horas pelo Fim do Administrativo no Campo, deflagrada no dia 27, teve forte adesão, demonstrando uma clara compreensão de que os limites da razoabilidade foram ultrapassados. A categoria está unida e mobilizada em torno da ideia de combate a esta injustiça, que afeta a vida das pessoas no ambiente do trabalho e, principalmente, no seio familiar.

Com o respaldo dos trabalhadores, o Sindicato prosseguirá na luta pela reabertura das negociações com a Petrobrás, desde os representantes do Ativo em questão, passando pelo RH do E&P e finalizando no RH Corporativo, com a adoção do novo Regime Especial de Trabalho para aqueles que são lotados em Bases Remotas e áreas operacionais, em Campos Terrestres de Produção.

Entre os meses de junho e julho, estaremos reunidos com o ATP-ARG. O primeiro encontro acontecerá no dia 9 de junho, em Natal. No dia 11 de junho, no EDISE, às 9h, o SINDIPETRO-RN participará da reunião sobre Regimes de Trabalho com o RH Corporativo. Neste dia, trabalhadores da UTE-JSP (Ex-Termoaçu) cruzarão os braços por 24 horas, dando continui dade à luta por um Regime de Trabalho justo, capaz de conciliar os interesses da empresa, do trabalhador e de sua família.

Ontem, 28, no ATP-ARG, antecipando as mobilizações contra o PL 4330 e as MP’s 664 e 665, os trabalhadores terceirizados cruzaram os braços. A luta contra a agenda regressiva imposta pelo Congresso Nacional, Governo Federal e pelo empresariado brasileiro vais se fortalecendo a cada dia rumo à Greve Nacional.

“Cansei de ouvir o que não quero, de ter que fugir por não ter forças para lutar,

da constante atitude de querer agradar a todos sem antes pensar em mim. Cansei de ter de provar a todos que mentiras que caminham por ai não passam disso, de querer falar e não ter palavras para descrever ou faltar coragem na hora de dizer, de não querer magoar ninguém e acabar me machucando, de dar confiança e não receber reciprocidade, de não conseguir o que quero mesmo me esforçando acima do que posso. (…) E cansado simplesmente queria ficar e assim desistir, mas uma voz maior dentro de mim insiste em falar que eu devo continuar na esperança de um dia haver alguém que me prove tudo ao contrário do que tinha pensado. E eu insisto no erro de continuar a ouvi-la (…)”.

 

Pedro Melo