Vereadores de Mossoró, Governo do Estado, entidades sindicais e de profissionais, reafirmaram a luta pela permanência da Petrobras no Rio Grande do Norte. O consenso foi referendado em audiência pública realizada na última segunda, 4 de outubro, na Câmara Municipal de Mossoró. O ato político foi uma iniciativa da Diretoria do SINDIPETRO-RN em alusão aos 68 anos da Petrobras, celebrado no domingo (3).

A mesa dos trabalhos foi dirigida pelo vereador e presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim, e composta pelos dirigentes: Pedro Lúcio – Diretor da Federação Única dos Petroleiros – FUP; Ivis Corsino – Coordenador Geral do SINDIPETRO-RN; Orildo Lima – Presidente da AGERN; Silvio Torquato – Secretário Adjunto de Estado; William Marimbondo Vinagre – Diretor da AEPET; Antônio Marcos Brasil – Representando a CTB/RN; e Ronaldo Maia – Representando o Mandato da Deputada Federal, Natália Bonavides.

De acordo com Pedro Lúcio, a audiência pública teve como objetivo ressaltar o papel histórico de desenvolvimento, prosperidade econômica e social promovidos pela Petrobras no RN e defender a permanência da Estatal em solo potiguar. Em sua exposição, o dirigente relembrou o início da exploração de petróleo no Estado.

“Os primeiros relatos da existência de petróleo em terras potiguares datam de 1853, na Chapada do Apodi. Outros estudos foram realizados entre 1930 e 1950, mas somente na década de 1970 é que foram realizadas campanhas exploratórias mais intensas que culminaram na descoberta de Ubarana, em 1973, e em Mossoró, em 1979. Naquele período, a indústria e a atividade econômica do Rio Grande do Norte como um todo estavam passando por dificuldades e o início da atividade petrolífera mais pujante foi recebida com muito entusiasmo”, informou o dirigente sindical.

No link abaixo, a partir de 15:34, assista um pouco apresentação de Pedro Lúcio na Audiência.

 

Continuação:

O Coordenador Geral do SINDIPETRO-RN, Ivis Corsino, parabenizou a todos os presentes, e em especial ao presidente da Casa, Lawrence Amorim, ao vereador Pablo Aires e as vereadoras, Marleide Cunha e Larissa Rosado que compareceram à audiência. “A história vai honrar o nome de cada um e cada na participação desta luta em defesa da Petrobras e da soberania nacional”, destaca Ivis.

Ainda em sua fala, o dirigente leu um trecho da Carta de Monteiro Lobato ao presidente da República, Getúlio Vargas, em 19 de agosto de 1935, na qual apresenta preocupação em defender as reservas de petróleo do país. Clique aqui e leia a correspondência na íntegra.

Assista um trecho da apresentação de Ivis a partir de 8:35 e do Silvio Torquato, onde afirma o compromisso do Governo do Estado em lutar pela permanência da Petrobras no RN e contra sua privatização.

O ato público também contou com a participação do Presidente da Associação Profissional dos Geólogos do Rio Grande Do Norte – AGERN e Diretor de Comunicação do SINDIPETRO-RN, Orildo Lima. Em sua fala o dirigente destaca o abandono que o atual Conselho de Administração da Petrobras dedica as áreas produtoras em terra, incluindo a bacia potiguar.

Confira um trecho da exposição no link abaixo a partir de 2:32

A audiência contou com a participação dos dirigentes do SINDIPETRO-RN, Pedro Idalino, Marcos Brasil, Márcio Dias, Carlos Henrique, Marcos Aurélio, Manoel Assunção, Jorge Luíz e Eufrasio Paulino. Na oportunidade, os diretores também fizeram apresentações na tribuna do plenário(conforme link abaixo). Funcionários e assessores do sindicato também participaram da atividade.

Também marcaram presença: Diego Ângelo, representando o IFRN; Aglailton Fernandes do Movimento Sem Terra(MST); Káliane Morais, Coordenadora do SINTEST; Salvina Andrade representando o SINAI; e Rômulo Arnauld, diretor do SINTE-RN(Regional Mossoró).

Movimento Nacional

Petroleiros de todo o Brasil realizaram atividades em alusão ao 68º aniversário da Estatal que “está passando pelo mais perigoso desmonte de sua história”, destaca o coordenador da FUP, Deyvid Barcelar. O dirigente ressalta os diversos ativos privatizados e vários outros para serem vendidos, entre eles, refinarias e terminais.

Ele chama a atenção para a perda da função social da Petrobrás, que gera lucro recorde para os acionistas, às custas das privatizações e de uma política de reajuste dos derivados que impõe preços em dólar e com custos de importação para combustíveis produzidos com petróleo nacional, enquanto a população é obrigada a pagar mais de R$ 100,00 pelo botijão de gás de cozinha e quase R$ 7,00 pelo litro da gasolina.

Cobertura Fotográfica – Câmara Municipal de Mossoró