“Nenhum direito a menos! Fora Temer!”. Foi com este grito de guerra que os mossoroenses foram às ruas, nesta sexta-feira, 10, para protestar no Dia Nacional de Luta contra a reforma trabalhista, a reforma da Previdência e o trabalho escravo. A manifestação teve início às 7h, com uma concentração na Avenida Presidente Dutra, e terminou em frente à agência da Caixa Econômica, no centro da cidade, reunindo cerca de mil pessoas, de acordo com a organização do ato.

Também no início da manhã, a Diretoria do SINDIPETRO-RN promoveu uma assembleia na sede administrativa da Petrobrás (Base-34) com o objetivo de convocar a categoria para aderir à programação da paralisação. Em sua fala, o diretor da Secretaria Geral do Sindicato, Pedro Lúcio, destacou os ataques que os sindicatos estão sofrendo por defender os direitos da classe trabalhadora e a elevação da consciência do povo que, aos poucos, vai compreendendo os objetivos do golpe.

“Ontem, na Bahia – relatou Pedro Lúcio, dirigentes sindicais do SINDIQUIMICA foram impedidos, sob ameaça de prisão, de realizarem uma assembleia com os trabalhadores de sua base, cumprindo o seu papel de organizadores e mobilizadores da classe trabalhadora. O episódio revela a face com que o Judiciário vem se apresentando para o povo brasileiro, tentando nos impedir de defender nossos direitos”, opinou.

Sobre o enfrentamento ao governo golpista, Pedro Lúcio afirmou: “não é só Temer que tem 97% de reprovação da sociedade, mas, sim, o projeto de desmonte do Estado nacional e de desindustrialização do país que ele vem tocando para atender aos interesses dos financiadores do golpe. Por isso, vamos unir o movimento sindical e fortalecer as lutas em defesa dos direitos de cada trabalhador e trabalhadora deste país”, convocou Pedro.

Também presente na assembleia, o coordenador da CTB-RN no Oeste Potiguar, Antônio Geovânio de Souza, destacou os retrocessos que têm sido impostos à classe trabalhadora com a flexibilização dos direitos. “A contrarreforma trabalhista vai aumentar a jornada de trabalho, colocar em risco a saúde física e mental dos trabalhadores e ainda enfraquecer a defesa dos direitos”, explicou o cetebista.

Em Mossoró, a programação do Dia Nacional de Luta teve o apoio da CTB, CUT, CSP Conlutas, INTERSINDICAL, Força Sindical e do SINDIPETRO-RN, SINTE-RN, SINDIMETAL, SINDISERPUM, SINDISAÚDE, SECOM, SINAI, SINTEL – RN, SINTEST, FETAN, SINASEFE – Seção Mossoró, ADUERN, SINTRAPAN, SINTRACOM, FIMETAL e SINDIPREVS.

A jornada de lutas ainda contou com a participação da Frente Brasil Popular, Fórum Estadual dos Servidores, União da Juventude Socialista – UJS, União Brasileira de Mulheres – UBM Juventude do Partido dos Trabalhadores – JPT, ENEGRECER, KIZOMBA – Arco Iris, MST, REGIF, DCE-Uern, DCE-Ufersa, Rede Jovem de Terreiros, Fora da Ordem, Marcha Mundial das Mulheres e GUERRILHA – Skate Rock, além de representantes do PCdoB, PSOL, PSTU e PT.