Discussões e ampliação da consciência acerca da condição social da mulher com foco na realidade da trabalhadora petroleira. Esse foi o direcionamento do 5º Encontro Nacional das Mulheres Petroleiras da FUP que aconteceu em Curitiba, no fim de semana passado, entre 7 e 9 de abril.  

As participantes chamaram atenção para o perigo da utilização dos argumentos biologizantes construídos historicamente pelo patriarcado que separa e hierarquiza os espaços ocupados pela mulher. “Num momento onde uma onda conservadora atinge fortemente o mundo e principalmente as mulheres, um movimento como este, o das mulheres petroleiras, torna-se importante para que outras mulheres se reconheçam nele”, afirmou Paula Cozero, da Marcha Mundial das Mulheres.

Maria Isabel Corrêa, da União Brasileira de Mulheres, dá um panorama histórico dos avanços e conquistas das mulheres  e analisa a violência contra a mulher a partir da perspectiva de gênero. “A nossa organização vale pelas questões políticas e sociais que levantamos, devemos pautar lutas coletivas, criar uma nova ordem da sociedade e trazer os homens para esse espaço.”

Mariana Passos, do Levante da Juventude destaca a importância de promover o acesso à informação com o debate que empodera e faz com que a mulher protagonize histórias e continue na luta. “Devemos seguir com base no tripé: organizar, resistir e acreditar.”

O encontro de mulheres seguiu com palestras sobre o combate ao conservadorismo nos espaços de poder. Rosangela Maria, coordenadora do Coletivo de Mulheres Petroleiras vê o momento como extremamente proveitoso e de grande aproveitamento para as companheiras que participam vendo o impacto e o ganho do conhecimento que está sendo adquirido nesta troca e assim fazendo com que se abram novas perspectivas de empoderamento.

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