Durante o segundo dia de debates da 11° PLENAFUP nesta quarta-feira(28), o Coordenador do SINDIPETRO-RN, Marcos Brasil, apresentou a tese da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil(CTB). Em sua fala, o dirigente destacou pontos necessários para a retomada do desenvolvimento nacional na área do petróleo e gás com foco na valorização da categoria no setor público, privado e beneficiários da PETROS. Também reforçou a importância de recomprar ativos privatizados com objetivo de ampliar a produção e redução nos preços dos combustíveis.

“O mundo está passando por um processo de mudança unilateral para um modelo multilateral, e com a resistência da OTAN e dos EUA está havendo turbulência, nesse sentido o Brasil precisa se pronunciar estrategicamente ao lado do BRICS, pois é através dele que o país consegue promover parcerias que favorecem o desenvolvimento científico, industrial e tecnológico, se comparado às parcerias da OTAN que se remetem ao império colônia, considerando o Brasil uma colônia dos EUA”, destacou Marcos.

O dirigente ainda apresentou pontos importantes para reflexão no setor privado de petróleo e gás brasileiro. “Nós precisamos lutar junto a Petrobrás para que os planos de saúde do setor privado garantam a cobertura na assistência médica, isso porque os trabalhadores estão tendo dificuldades em encontrar clínicas e espaços de credenciamento dos planos, o que dificulta o acesso a saúde do trabalhador e de seus dependentes”.

Outro ponto levantado foi a busca junto a Petrobrás sobre um realinhamento salarial dos profissionais do setor petróleo no setor privado. “Já são oito anos de defasagem salarial nos salários do setor privado, após o golpe contra a ex-presidenta da República, Dilma Rousseff, em 2016, nesse sentido precisamos lutar por uma recomposição justa levando em conta tantos anos os salários congelados”.

Logo em seguida o coordenador ratificou a necessidade da Petrobrás voltar a ser uma empresa integrada. “Precisamos lutar pela recompra dos ativos vendidos nos últimos anos, como a Refinaria Clara Camarão no Rio Grande do Norte, a Refinaria Landulpho Alves (Rlam) na Bahia; e a Refinaria da Amazônia(Ream) em Manaus”.

Além da compra dos ativos, Marcos Brasil reforça a necessidade da ampliação da produção na cadeia produtiva do petróleo e gás pela Petrobrás. “Aumentar a produção para que o Brasil não precise importar gasolina e diesel. Outro ponto crucial é recomprar da BR Distribuidora, pois a Petrobrás está baixando o preço em suas refinarias, mas as distribuidoras privadas que foram estão aumentando os preços, atingindo diretamente o bolso do consumidor”.

Sobre a PETROS, o Coordenador destacou que a gestões do Plano não apresentam visão estratégicas no uso dos valores arrecadados pelos contribuintes. “É importante que o dinheiro que entra na Petros seja investido em negócios que gerem empregos e apresentem lucros aos participantes, ao invés do Plano está provocando equacionamentos”.

Os debates da 11ª PLENAFUP vão até sexta-feira(30), conforme a programação abaixo.

Dia 29/08 

7h às 8h – Café da manhã

8h – Mesa 5 – Lutas da Categoria e Negociações em andamento

10h – Grupos de Trabalhos

  1. GT Sistema Petrobrás e Setor Privado;
    2. GT Temas a serem negociados (PLR, Plano de Cargos, Acordo de parada);
    3. GT Condições de trabalho (SMS, Regime, Alimentação)
    4. GT Petros e AMS
    5. GT Organização Sindical

12h- Almoço

13h – Continuação dos GTs

19h – Jantar

Dia 30/08

7h às 8h – Café da manhã

8h – Plenária final

11h30 – Almoço

13h – Saída dos ônibus para o Sindiquímica PR

14h – Cerimônia de 30 anos da FUP

16h – Encerramento e confraterniziação