Em comunicado feito ao mercado na noite de sexta-feira, 28, a Petrobrás anunciou a privatização de 30 áreas produtoras de petróleo, nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Rio de Janeiro e São Paulo. Em todos os campos colocados à venda, a estatal é operadora com 100% de participação.  Somente nas concessões de Pescada e Arabaiana, no Rio Grande do Norte, a empresa opera com 65% de participação, pois tem parceria com a Ouro Preto Óleo e Gás. 

É o maior ataque às áreas de produção de petróleo em águas rasas, desde a era privatizante de FHC nos anos 90. Na Bacia de Campos, por exemplo, estão na lista de venda três grandes polos produtores: Pargo (Carapeba, Vermelho e Pargo), Enchova (Bicudo, Bonito, Marimbá, Piraúna, Enchova e Enchova Oeste) e Pampo (Badejo, Linguado, Trilha e Pampo). Outro campo de destaque que será colocado à venda é Merluza, na Bacia de Santos. 

Para barrar o avanço do desmonte comandado por Pedro Parente, a diretoria do Sindipetro-NF fará uma reunião extraordinária na segunda-feira, 31, para discutir formas de resistência. “O ataque, que vinha acontecendo nos campos terrestres, em refinarias e subsidiárias, chega agora às áreas de maior produção, visibilidade e interesse das multinacionais do setor petróleo. Uma ofensiva somente possível em razão da conjuntura de impunidade conferida à Direita brasileira pela Operação Lava Jato e pela cumplicidade do poder judiciário e da grande imprensa”, afirma a entidade, em nota divulgada neste sábado, 29.

Os petroleiros estarão reunidos entre os dias 03 e 06 de agosto, em Salvador, durante o XVII Congresso Nacional da FUP, para debater e apontar um amplo calendário de lutas e estratégias de resistência para resgatar o Sistema Petrobrás das mãos dos golpistas, que estão privatizando a empresa a toque de caixa. 

FUP, com informações do Sindipetro-NF e da Petrobrás