Em reunião com a FUP e seus sindicatos nesta terça-feira, 19, a gestão da Petrobrás teve a cara de pau de apresentar aos trabalhadores o que na prática é a repetição da mesma contraproposta de Acordo Coletivo que já havia sido rejeitada pela categoria nas assembleias.

As “novidades” apresentadas pela empresa ficam por conta do reajuste de 7%, que continua abaixo da inflação projetada para o período, e do recuo em relação à retirada da Gratificação de Campo Terrestre de Produção e das dobradinhas (remuneração dos feriados trabalhados durante o turno). A contraproposta foi seguida pelas subsidiárias, com exceção da PBio, que mantém a proposta de reajuste de 5%.

Os gestores da Petrobrás insistem em manter os ataques feitos na primeira contraproposta que indignou a categoria, a ponto de ter sido rejeitada por unanimidade em todas as bases. “Não tivemos praticamente qualquer avanço relevante. Nos preocupa muito chegar ao meio de julho com uma segunda proposta nesse nível. É como se vocês (gestores) estivessem incitando propositalmente a categoria contra a empresa”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, na mesa de negociação.

Ele reiterou que os sindicatos não irão se intimidar com os limites de fechamento do Acordo que está sendo imposto pela Petrobrás, quando a empresa reafirma em mesa que o prazo de fechamento do ACT 2022 é 31 de agosto.  “Mais uma vez, insistimos em resolver o Acordo na mesa de negociação, mas a Petrobrás parece que prefere o conflito, pelo que está posto nesta segunda contraproposta, indecorosa”, lamentou Deyvid, informando ao RH da empresa que o Conselho Deliberativo da FUP deverá rejeitar a nova contraproposta.

A reunião do Conselho Deliberativo da FUP será nesta quarta-feira, 20, a partir das 10h, quando a diretoria da Federação e as representações de todos os seus 13 sindicatos irão definir os próximos passos da campanha reivindicatória.

Veja como foi a íntegra da reunião com a Petrobrás e suas subsidiárias, acessando o Radar FUP

[Da imprensa da FUP]