Em clima de grande união e disposição de luta, trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás e de empresas terceirizadas, sediadas em Mossoró, decidiram intensificar esforços contra a privatização de campos terrestres e a alienação de ativos. A deliberação foi tomada na manhã desta quinta-feira, 10, durante assembleia conduzida pela Diretoria do SINDIPETRO-RN, em frente à Base-34.

A estratégia de mobilização, que já fora discutida por representantes dos SINDIPETROS da Bahia, Ceará/Piauí, Sergipe/Alagoas, Espirito Santo e Rio Grande do Norte, em encontro realizado nos dias 5 e 6 de março, em Salvador (BA), prevê imediata mobilização das áreas administrativas e operacionais, com abertura do debate sobre a necessidade de convocação de uma greve em defesa da permanência da Petrobrás nos campos terrestres.

Outras medidas discutidas e aprovadas pelos petroleiros mossoroenses orientam-se no sentido da busca de maior apoio junto aos executivos e legislativos municipais e estaduais, além da implementação de ações na esfera jurídica e de esclarecimento da opinião pública com a realização de uma campanha midiática contra a venda dos campos terrestres em nível nacional.

Medo

No setor privado, a redução de investimentos da Petrobrás e a possibilidade da empresa se retirar das atividades de exploração e produção nos campos terrestres do Estado têm assombrado os trabalhadores. E, segundo o diretor do SINDIPETRO-RN para Assuntos do Setor Privado e Terceirizado, Manoel Assunção, “o medo de ser demitido a qualquer momento” é o sentimento mais comumente encontrado entre os empregados de empresas terceirizadas, ou mesmo daquelas com atuação direta no setor.

Ainda segundo Assunção, de janeiro de 2010 a dezembro de 2015, mais de cinco mil trabalhadores diretos e indiretos foram demitidos ou tiveram seus contratos rompidos pela falta de investimentos nas áreas terrestres. O diretor ressalta, ainda, que as contratações feitas pelas cinco empresas internacionais que atuam na produção local de petróleo, não atendem nem de perto o número de contratações feitas pela Petrobrás.

União

Para o diretor do SINDIPETRO-RN, Pedro Idalino, fator decisivo para barrar a privatização dos campos terrestres é a manutenção da unidade política e de ação da categoria petroleira. “Além das ações que já vêm sendo aprovadas pelos trabalhadores – opina Pedro, é importante que a categoria esteja engajada nas atividades programadas pela Diretoria do Sindicato, pois a luta em defesa do petróleo brasileiro, dos empregos e do desenvolvimento do país, só terá sucesso com a união de todos”.