Duas semanas depois das vitoriosas mobilizações de 11 de novembro, atendendo a um novo chamamento das centrais sindicais e movimentos sociais, a categoria petroleira norte-rio-grandense volta a se manifestar.
Com mobilizações diversificadas, trabalhadores de várias bases puseram-se em movimento e se incorporaram à onda de greves, paralisações e protestos promovidos nesta sexta-feira, 25, em diversas cidades do País.
Em pauta, as lutas contra a gestão privatista-entreguista de Pedro Parente à frente da Petrobrás e os ataques aos direitos sociais e trabalhistas promovidos pelo governo golpista e corrupto de Mishell Temer.
No Polo Industrial de Guamaré, que abriga uma refinaria, uma unidade de tratamento e processamento de fluidos e um terminal da Transpetro, a mobilização teve início já nas primeiras horas da manhã.
Repudiando o desmonte da Petrobrás, a PEC 241/55 e as reformas trabalhista e da Previdência, trabalhadores da Petrobrás e de empresas terceirizadas promoveram um Ato Público na entrada das instalações.
O protesto culminou com a decisão de cruzar os braços. Trabalhadores próprios suspenderam a emissão de Permissões de Trabalho por 24 horas e os terceirizados optaram por retornar às suas residências.
Por questões de segurança operacional e das instalações, permaneceram no Polo Guamaré apenas equipes mínimas.
Paralelamente, em Natal, em frente ao portão principal de entrada da sede administrativa da Petrobrás, trabalhadores e trabalhadoras reuniram-se em assembleia, a partir das 8h.
A sessão deliberativa teve por objetivo apreciar a última contraproposta de Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2015-2017 apresentada pela Companhia.
Tal como vem ocorrendo nas demais bases em que a decisão foi tomada, a oferta da gestão Pedro Parente foi rejeitada por unanimidade.
Em inúmeras intervenções, os petroleiros deixam claro que não concordam com o discurso de que a Petrobrás está falida e afirmam que não aceitarão subtração de direitos de qualquer espécie.
Com quase três horas de duração, a assembleia também registrou diversas manifestações de repúdio à política lesa-pátria do governo Mishell Temer, transformando-se em um verdadeiro Ato Público.
Já, em Mossoró, na região oeste do Estado, a categoria petroleira decidiu integrar-se à programação elaborada pelas entidades e organizações que compõem a Frente Brasil Popular.
O movimento programou a realização de uma grande Aula Pública, em frente ao prédio ocupado da 12ª Diretoria Regional Educação Cultura e Desportos (DIRED), às 16 horas.