Nesta terça-feira, 14, petroleiros da FUP, Aepet e FNP realizam um grande ato político em Brasília contra o PL 4567/2016, que tira da Petrobrás a garantia de ser a operadora única do Pré-Sal e de ter participação mínima de 30% nos campos licitados. A manifestação será às 14 horas, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, numa construção conjunta com a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, e contará com participação de movimentos sociais e de várias outras categorias. 

A proposta que deu origem ao PL 4567/2016 já foi aprovada no Senado, através do PLS 131/2015, do tucano José Serra, atual ministro de Relações Exteriores, que desde 2010, quando disputava a eleição presidencial, havia prometido à Chevron e às outras multinacionais acabar com o Regime de Partilha do Pré-Sal. Se o projeto passar também pela Câmara, abre o caminho para retomar o modelo de concessão, como querem os golpistas. 

TEMER E PEDRO PARENTE QUEREM ENTREGAR O PRÉ-SAL

O governo interino de Michel Temer e o presidente da Petrobrás, Pedro Parente,  já declararam publicamente serem a favor da aprovação do PL 4567/16, confirmando o que a FUP já vinha há tempos alertando: o Pré-Sal está no centro do golpe. 

Abrir a operação dessas reservas bilionárias para as multinacionais é o primeiro passo para acabar com o regime de partilha, conquistado a duras penas pelo povo brasileiro para que o Estado possa utilizar os recursos do petróleo em benefício da população.

PETROBRÁS PODE PERDER 82 BILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO

Além disso, tirar da Petrobrás a garantia legal de participação mínima de 30% nos campos licitados fará com que a empresa perca no futuro 82 bilhões de barris petróleo, levando em conta as estimativas de que o Pré-Sal tenha 273 bilhões de barris de reservas, como revelam estudos recentes. Que petrolífera no mundo abriria mão de todo esse petróleo, como pretendem fazer os golpistas entreguistas?

A Petrobrás é a única operadora que movimenta a cadeia nacional do setor, gerando empregos e investimentos no país. É também a única petrolífera que detém domínio tecnológico para operar o Pré-Sal com custos abaixo da média mundial. Menores custos significam mais recursos para a educação e a saúde.

Se a Petrobrás deixar de operar o Pré-Sal, nenhuma outra petrolífera investirá em nosso país, como faz a estatal brasileira, que até um tempo atrás era responsável por 13% do PIB nacional. Mais de 90% das contratações do setor no país são feitas pela Petrobrás. Nenhum navio, sonda ou plataforma foram produzidos no Brasil a pedido das multinacionais que operam no país.

EMPRESAS ESTATAIS E NACIONAIS CONTROLAM 90% DAS RESERVAS MUNDIAIS DE PETRÓLEO

Abrir mão da Petrobrás como operadora do Pré-Sal é ir na contramão do mundo. As empresas nacionais e estatais de petróleo detêm 90% das reservas provadas de óleo e gás do planeta e são responsáveis por 75% da produção mundial.

Para impedir que o PL 4567/2016 seja aprovado, os petroleiros têm feito grandes enfrentamentos em Brasília e o ato desta terça-feira, 14, na Câmara será mais uma importante manifestação nesse sentido. 

Os trabalhadores e a sociedade organizada não permitirão que o Pré-Sal seja entregue à Chevron e às outras multinacionais, como prometeu José Serra, autor do projeto de lei que Michel Temer e Pedro Parente querem aprovar. 

O Pré-Sal, além de fazer do Brasil um dos principais produtores mundiais de petróleo, é a maior riqueza que a nação dispõe para ter desenvolvimento econômico e social. Para isso, é fundamental que tenhamos uma empresa nacional de porte na operação destas reservas.

Defender a Petrobrás é defender o Brasil!

Fonte: FUP