A categoria petroleira está participando ativamente da greve nacional que ocorre nesta quarta-feira, 26 de março. O movimento foi aprovado em assembleias realizadas em todas as bases petroleiras do país e se estende ao longo do dia, com forte adesão nas unidades operacionais e administrativas do Sistema Petrobrás.

No Rio Grande do Norte, trabalhadores administrativos participaram presencialmente em frente ao prédio do Edirn, enquanto os que estavam em regime de home office aderiram à greve ao não ligarem seus computadores para realizar atividades laborais. Essa paralisação de 24 horas é uma resposta direta à postura da gestão Magda Chambriard, que tem esvaziado os espaços de negociação coletiva e desrespeitado a boa-fé negocial.

Para Marcos Brasil, coordenador geral do SINDIPETRO-RN, a adesão dos trabalhadores é uma demonstração poderosa de unidade e força da categoria. “A participação massiva dos petroleiros do RN e de todo o Brasil mostra que estamos determinados a defender nossos direitos e nossas condições de trabalho. Essa mobilização é fundamental para pressionar a Petrobrás a respeitar os espaços de diálogo e valorizar quem faz essa empresa crescer todos os dias. Com essa união, estamos mostrando que ninguém pode ignorar a força do trabalhador organizado.”

A greve proposta é uma resposta a vários ataques e mudanças prejudiciais implementadas pela gestão da Petrobrás. Entre as principais reivindicações estão a exploração da Margem Equatorial, um novo campo de petróleo que tem sido explorado apenas por empresas estrangeiras; a redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores, que compromete a remuneração anual dos empregados; e contra as mudanças no teletrabalho, que penalizam ainda mais a categoria ao reduzir benefícios e condições de trabalho.

Além disso, o sindicato também levanta bandeiras em defesa da saúde e segurança dos trabalhadores, incluindo a exposição ao benzeno, uma substância altamente perigosa que pode ser prejudicial em qualquer nível de contato. A exposição contínua ao benzeno em atividades da Petrobrás é uma preocupação crescente entre os petroleiros, já que a substância é cancerígena e pode causar danos irreparáveis à saúde.

Por fim, a greve também é uma resposta às péssimas condições de trabalho nas instalações da Petrobrás, que têm levado a acidentes e mortes de trabalhadores. A falta de medidas eficazes para garantir a segurança no ambiente de trabalho é uma das principais queixas da categoria, que exige melhorias urgentes para evitar mais tragédias no futuro.

Cobertura Nacional

A greve teve ampla adesão em diversas unidades do Sistema Petrobrás, incluindo:

Corte de rendição:

  • Terminal de Coari (AM)
  • UTGC Linhares (ES)
  • UTE Três Lagoas (MS)
  • Terminal Barueri (SP)
  • Terminal de Suape (PE)
  • Replan (SP)
  • Recap (SP)
  • Refap (RS)
  • Rnest (RE)
  • Reduc (RJ)
  • Regap (MG)
  • UTE-IBT (MG)

Atrasos:

  • TEDUT (RS)
  • TERIG (RS)
  • TENIT (RS)
  • PBio (MG)

Escritórios:

  • Edirn (RN)
  • Imbetiba (NF)
  • Esbras (DF)
  • Edisp (SP)

Plataformas sem PT:

  • No estado do Espírito Santo (ES)