Indignada com as medidas antinacionais e antipopulares que vêm sendo impostas pelo governo golpista chefiado por Michel Temer, a categoria petroleira norte-rio-grandense está participando ativamente da greve geral nacional, integrando-se às atividades programadas, desde as primeiras horas desta sexta-feira, 28.
Em Mossoró, a mobilização teve início às 4h30, com um “trancaço” da sede administrativa da Petrobrás (Base-34), situada às margens da BR 304. Centenas de trabalhadores próprios e terceirizados decidiram bloquear os três principais portões de acesso à unidade, inviabilizando o expediente.
Mais tarde, a partir das 7h, quando o número de manifestantes já havia se multiplicado, as cerca de mil pessoas que se concentravam na entrada da empresa decidiram bloquear o tráfego na BR 304. Às 7h40, segundo estimativas da Polícia Rodoviária Federal, o engarrafamento nos dois sentidos da via já chegava a 2 km.
Às 9h30, os petroleiros decidiram suspender o bloqueio para se integrar à manifestação unitária promovida pelas centrais sindicais e pela Frente Brasil Popular. Com encontro agendado para as 10h, em frente à Igreja São João, no bairro 12 anos, área urbana de Mossoró, a categoria manteve-se unida, deslocando-se em motos, carros e bicicletas.
A manifestação reuniu cerca de três mil pessoas que caminharam até a Praça do Pax, no centro da cidade. No período da tarde, a partir das 15h00, haverá novo cortejo, com concentração no largo da Igreja do Alto de São Manuel. Em seguida, os manifestantes deslocam-se até a Praça do Pax, onde ocorre o ato público de encerramento da Greve Geral.
Natal
Nesta sexta-feira, as salas da sede administrativa da Petrobrás, em Natal, amanheceram praticamente vazias. Às 8h, na porta da unidade, o Sindicato promoveu uma assembleia e ficou decidido que os participantes ingressariam nas instalações da empresa para convencer os poucos trabalhadores remanescentes a suspenderem a jornada, aderindo ao movimento.
Pouco depois, às 10h, houve nova concentração, na praça do RH. De lá, os trabalhadores dirigiram-se em caminhada até a sede do Tribunal Regional do Trabalho – TRT, que fica nas proximidades da sede da Petrobrás. No local, os petroleiros somaram-se a trabalhadores e trabalhadoras de outras categorias profissionais para dar um abraço simbólico ao TRT.
No período da tarde, a categoria deverá se integrar à manifestação unitária que as centrais sindicais e movimentos sociais estão agendando. O encontro acontece no cruzamento das avenidas senador Salgado Filho e Bernardo Vieira (Midway), no bairro Lagoa Nova, a partir das 15h, e deverá ser uma das maiores manifestações populares já realizadas na cidade.
Campo
Nas áreas operacionais, a adesão à greve também atingiu níveis elevados. Em Guamaré, houve suspensão da emissão de PTs. Todos os serviços da refinaria (RPCC) e da UTPF foram paralisados, mantendo-se, apenas, equipes de contingência. A assembleia local reuniu trabalhadores da Petrobrás e terceirizados e, em seguida, todos retornaram para suas residências.
Na BR 406, houve bloqueio nas entradas para Guamaré. A ação contou com o apoio de militantes do MST e barrou a movimentação de cargas comercializadas pelo terminal da Transpetro. Não houve embarque de trabalhadores de Mossoró para o Alto do Rodrigues e para a Usina Termelétrica Jesus Soares Pereira – UTE-JSP. No campo de Canto do Amaro, a adesão foi maciça, assim como nas plataformas marítimas, onde também houve suspensão da emissão de PTs.