Nesta segunda-feira, 17 de maio, quando celebramos o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, a FUP e a Frente Petroleira LGBT realizam um debate ao vivo com a catergoria petroleira para falar sobre conquistas e barreiras que ainda precisam ser superadas na luta por equidade na indústria de petróleo. O debate em torno de gênero e sexualidade tem cada vez mais centralidade nas pautas sindicais e políticas.
Para falar sobre o tema, petroleiros e petroleiras LGBT+ estarão ao vivo nesta segunda, a partir das 20h, falando sobre o tema, com a mediação do jornalista e ativista, Alexandre Gaspari (@bixavô). O debate será transmitido pelas redes da FUP e dos sindicatos filiados, através do Facebook e do YouTube.
O dia 17 de maio foi escolhido como marco na uta contra a LGBTfobia pois foi nesta data, em 1990, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a homossexualidade como um distúrbio mental ou doença. Apesar dessa importante conquista, pelo menos 69 países ainda criminalizam atividades consensuais entre pessoas do mesmo sexo, segundo relatório publicado em dezembro do ano passado pela International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association (Ilga). Nessas nações, homossexuais podem ser presos ou até mesmo condenados à morte.
Foi também em maio, há dez anos, que o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a União Civil para casais homossexuais no Brasil. Desde então, o país passou por imensas transformações e quando recortamos para a questão dos direitos e luta política da comunidade LGBT, essa transformação se apresenta de maneira paradoxal: na esfera da política institucional a última década é marcada por retrocessos e avanços de grupos fundamentalistas que atuam cotidianamente contra qualquer avanço legislativo em prol das LGBT.
Ao mesmo tempo, o movimento tem conquistado importantes vitórias em várias esferas: nas artes, nas comunicações e, principalmente, na eleição de parlamentares às Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais e, em menor escala, no Congresso Nacional, como destacam as pesquisadoras Regina Facchini e Isadora Lins França, do Núcleo Pagu de Estudos de Gênero, da Universidade Estadual de Campinas, no livro “Direitos em disputa: LGBTI+, poder e diferença no Brasil contemporâneo” (Editora Unicamp), que está sendo lançado esta semana.
Segundo as autoras, o livro “oferece um abrangente panorama, desenhado pelo conjunto dos artigos, percorrendo temas fundamentais para discussão sobre direitos na nossa sociedade: interseccionalidades em relação a classe, raça, gênero e geração, a pluralidade das formas de atuação dos movimentos sociais, produção científica, políticas públicas de saúde, de educação e impactos do conservadorismo”. Veja a entrevista no site da Revista Fórum.
Assista às 20h a live da FUP e da Frente Petroleira LGBT – “Respeito é bom e nós exigimos”:
[Da imprensa da FUP, com Revista Forum]