Um ato pacífico, organizado pela FUP, FNP e sindicatos filiados, em frente ao prédio Senado da Petrobrás, no Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira, 8, foi interrompido pela ação truculenta da Polícia Militar. A tropa chegou ao local causando tumulto e agredindo os sindicalistas e trabalhadores da Petrobrás que protestavam contra a venda de ativos dos campos terrestres, o desmonte e a privatização do Sistema Petrobrás (veja vídeo postado no Facebook).

 O coordenador do SINDIPETRO-BA e Conselheiro eleito do CA da Petrobrás, Deyvid Bacelar, sofreu agressões físicas e só não foi levado preso devido a intervenção de outros diretores de SINDIPETROS, do diretor do SINDIPETRO-BA, André Araújo, e do coordenador da FUP, José Maria Rangel, que exigiram respeito com o conselheiro da Empresa, ressaltando que “ali não tinha bandidos, só trabalhadores da Petrobrás”.

 A manifestação, que durou cerca de três horas, foi realizada em protesto à reunião da Diretoria Executiva da empresa, que acontece hoje, 8, tendo como pauta principal a discussão do enxugamento do quadro de pessoal da Petrobrás, com uma possível decisão de lançar um programa de incentivo a demissões, nos mesmos moldes daquele implementado na década de 1990, durante o Governo FHC.

Para Deyvid Bacelar os trabalhadores do Sistema Petrobrás precisam ficar atentos às ameaças que rondam seus empregos e reagir a tempo antes que o pior aconteça. Ele ressaltou que as mobilizações em defesa dos trabalhadores, da Petrobrás e do Brasil serão intensificadas. “Vamos denunciar, realizar inúmeras atividades, diariamente, em todos os Estados em que a Petrobrás está presente”, afirma Deyvid, que completa: “não iremos parar até reverter essa situação que só traz prejuízos para a sociedade brasileira. Essa grande empresa não pode ser privatizada”.

Participaram do ato os diretores dos SINDIPETROS Bahia, Caxias, NF, RJ, RS, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Ceará/Piauí e Sergipe/Alagoas.

Manifestações semelhantes aconteceram nos aeroportos de várias capitais, a exemplo de Salvador, onde diretores do SINDIPETRO-BA realizaram protesto contra a venda dos campos terrestres.

Fonte: Imprensa SINDIPETRO-BA