Enquanto a chamada “classe política”, incluindo parlamentares e gestores, permanece alheia à irresponsável retração de investimentos que vem sendo adotada pela Petrobrás no Rio Grande do Norte, a produção de petróleo e gás em solo potiguar continua desabando.
De acordo com dados publicados no Boletim Mensal da Produção de Óleo e Gás, editado pela Agência Nacional de Petróleo – ANP, apenas entre janeiro e outubro de 2017, o volume de óleo e gás extraído no RN passou de 58.211 barris de óleo equivalente por dia (boed) para 51.890 boed, registrando queda de 10,85%.
Já, para o período de um ano, considerando a produção média obtida em outubro de 2016 (60.552 boed), o declínio foi ainda maior, alcançando 14,16%.
Desde 2011, quando a Petrobrás começou a reduzir investimentos no RN, o SINDIPETRO vem alertando a sociedade para as consequências desastrosas dessa política, numa economia em que a cadeia do petróleo chegou a comandar 40% do valor da produção industrial do Estado.
No setor, entre os desdobramentos negativos então apontados e hoje comprovados, destacam-se a redução de número e valores dos contratos de prestação de serviços; abandono de atividades e fechamento de empresas; extinção de postos de trabalho; ampliação da terceirização; e precarização das condições de ambiência e segurança.
Para o combalido setor público, além da acentuada queda na arrecadação de impostos, o corte de investimentos e a diminuição da produção representaram, entre 2015 e 2016, somente no quesito repasse de royalties, perdas de 33,68% para o Governo Estado, ante uma variação negativa do preço do barril, em Reais, da ordem de 12,17%.