No Rio Grande do Norte, a exemplo de outros Estados, a contraproposta da gestão Pedro Parente para o Aditivo ao ACT 2015-17 foi esmagadoramente rejeitada pelos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás. Em 14 sessões deliberativas, realizadas em diversas áreas administrativas e operacionais, no período de 21 a 28/9, a proposta da companhia obteve apenas UM voto favorável. E como também foi registrada UMA abstenção, o resultado final indica que 99,5% da categoria petroleira norte-rio-grandense repudia a proposta, chegando mesmo a considerá-la uma ofensa.

Não é pra menos. Além de congelar a tabela salarial e alterar a jornada de trabalho, reduzindo salários, os atuais dirigentes da Petrobrás, indicados pelo governo golpista de Mishell Temer, querem subtrair direitos conquistados, tais como remuneração de horas extras prestadas em regimes especiais de trabalho e auxílio-alimentação. Já, os trabalhadores pleiteiam a reposição integral da inflação, com ganho real de 5%, e a manutenção de todas as cláusulas sociais constantes do atual Acordo Coletivo de Trabalho, que deverão continuar vigentes até setembro de 2017.

Para, Pedro!

Juntamente com o repúdio à contraproposta de Aditivo ao ACT apresentada pela Petrobrás, os trabalhadores e trabalhadoras aprovaram o Estado de Greve, a Assembleia Permanente e a deflagração da Operação “Para, Pedro!”. O movimento exige estrita observância de todos os procedimentos e normas de segurança operacional, prevendo que qualquer gestor da empresa que assediar, incitar ou tentar persuadir trabalhadores e trabalhadoras para o não cumprimento desses padrões, seja denunciado por violação ao código de ética do Sistema Petrobrás e responsabilizado criminalmente por acidentes vindouros, decorrentes dessas atitudes.

O desmantelamento da Petrobrás, que vem sendo imposto à toque de caixa pelo governo golpista de Mishell Temer e seu preposto, Pedro Parente, somado à perda de quase 20 mil petroleiros nos dois últimos Planos de Incentivo ao Desligamento Voluntário – PIDVs, aumentam exponencialmente os riscos de acidentes e mortes na Companhia, reforçando ainda mais a urgência dessa Operação.

Em todo o Brasil, trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás têm se mostrado firmes na determinação de responder aos ataques da gestão entreguista comandada por Pedro Parente. Em todas as bases, a contraproposta da empresa foi amplamente rejeitada e a Operação “Para, Pedro!” está sendo concebida como primeiro passo para a organização de uma greve nacional unificada, capaz de barrar a supressão de direitos e assegurar a manutenção das conquistas da categoria.