O dia “8 de março”, que remete ao Dia Internacional da Mulher, vai muito além do perfil comemorativo. A data reforça a luta e a resistência feminina por direitos e liberdades democráticas.
Em que pese os avanços alcançados, a discriminação e a desigualdade são flagrantes: o patrão ainda paga menos pelo mesmo trabalho realizado por uma mulher, e a chamada reforma trabalhista, que rasga a CLT, torna ainda mais precária a situação das trabalhadoras.
As tarefas domésticas continuam desvalorizadas e invisíveis, e ainda existem maridos e namorados que acreditam na violência física para se impor. Os abusos contra as mulheres são extremos, e, nesse aspecto, colocam o Brasil em 5º lugar como o pior país, numa lista de 83 nações.
A violência, o assédio, as políticas públicas e a ocupação de espaços são algumas das pautas que serão debatidas na agenda da “Semana da Mulher”, que teve início nesta segunda-feira, 5, pelo Brasil.
Junto a essas pautas históricas pela igualdade e a denúncia da agressão contra a mulher, no Brasil cresce a resistência frente às mudanças conservadoras e o retrocesso antifeminista que o governo politicamente ilegítimo de Michel Temer (PMDB) pretende impor.
Grandes manifestações e mobilizações irão denunciar os efeitos do golpe no aprofundamento das desigualdades de gênero.
Integrados à agenda nacional, alguns atos também estão marcados para acontecer na próxima quinta-feira, 8 de março – Dia Internacional da Mulher, aqui no Rio Grande do Norte.
Em Natal – um ato unificado foi organizado por diversas entidades sindicais e populares para celebrar o Dia Internacional da Mulher, com uma caminhada que terá saída às 15h do INSS da rua Apodi (Centro) até a Pedra do Rosário (Passo da Pátria). Três pautas terão destaque: a luta pela vida das Mulheres, a defesa da Democracia e da Soberania, e a denúncia da reforma da Previdência.
Em Mossoró – o dia 8 terá dois momentos: pela manhã, às 6h, uma “Alvorada Feminista” na COBAL (Paredões) com as trabalhadoras que ali atuam. E às 18h, na Praça dos Esportes (Centro), onde ficará exposto um varal de cordéis e serão realizados jogos e performances artísticas com recitação de poemas de luta pelo fim da violência sexista.
A programação conta com articulação da Núcleo de Estudos da Mulher “Simone de Beauvoir” -NEM, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Previdenciários – SINDPREVS, Associação de Docentes da UERN – ADUERN, LEDOC/UFERSA, CA de Direito da UFERSA, SINTEST, Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB, Leia Mulheres Mossoró e União Brasileira de Mulheres – UBM.