Na audiência pública sobre o reaquecimento do setor do petróleo em Mossoró e região, na Câmara Municipal, nesta quinta-feira (11), o secretário geral do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras (Sindipetro RN), Pedro Lúcio, confirmou contestação, em ação na 10ª Vara da Justiça Federal de Natal, da venda dos poços do polo Riacho da Forquilha.

Segundo ele, há suspeita que a operação tenha causado prejuízo de cerca de R$ 270 milhões à Petrobras e que, na atual fase do processo, a Justiça aguarda posicionamento da Petrorecôncavo para decidir se acata ou não o pedido de liminar para suspender o negócio.

“Nosso receio é que a forma apressada de transferir campos para iniciativa privada leve à extinção precoce da indústria de petróleo no Estado. Queremos que não aconteça o que houve em outros lugares, que, em curto tempo, empresas que compraram campos deixaram de atuar”, alerta Pedro Lúcio.

Ele acrescenta que a ação questiona o procedimento de venda, e não a capacidade da Petrorecôncavo. “Não somos contra o setor privado, mas contra uma venda apressada, que pode condenar o setor de petróleo a um final precoce na região de Mossoró. Se não se pode retomar o papel da Petrobras como antes, que se faça transição com responsabilidade”, justifica.

Ao trabalho

O diretor da Petrorecôncavo, Marcelo Magalhães, admitiu incerteza decorrente da demanda jurídica, mas que a empresa está se mobilizando, independentemente de questionamentos judiciais: definiu local da sede em Mossoró (Rua Amaro Cavalcanti), criou site para cadastramento de currículo, entre outras medidas.

“Estamos confiantes de que tudo dará certo. O Petróleo em Mossoró está longe de acabar. Experiências anteriores conseguiram aumentar em 120% a produção em campos maduros. Portanto, existe expectativa de reaquecimento do setor e queremos a Petrobras parceira, será nossa cliente, é que vai comprar o óleo produzido”, diz Magalhães.

De Fato