A Diretoria Colegiada do SINDIPETRO-RN está fazendo um pedido público de esclarecimentos à Direção local da Petrobrás. O objetivo é o de elucidar possíveis vetos ou restrições à participação de empresas em processos licitatórios envolvendo a renovação de contratos de prestação de serviços à Companhia, no Estado do Rio Grande do Norte.

A solicitação do Sindicato é respaldada por trabalhadores e trabalhadoras da ELFE Óleo e Gás, preocupados com um eventual impedimento da terceirizada, o que poderia levar à perda de empregos ou mesmo a um rebaixamento das condições de trabalho e salários, caso as disposições atualmente pactuadas sejam ignoradas com a admissão de uma nova empresa.

O documento está sendo encaminhado à “Gerência de Contrato do SOP-OM” e segue acompanhado de um abaixo-assinado. Na petição, trabalhadores e trabalhadoras afirmam que estão “confiantes” quanto à ELFE, no que se refere à estabilidade financeira e em relação à saúde e segurança.

Os assinantes citam, ainda, um histórico de descompromisso das empresas antecessoras, em que vários direitos trabalhistas foram violados, ocasionando prejuízos para os trabalhadores e para a própria Petrobrás. Por fim, pedem o apoio da companhia no que diz respeito à possibilidade da ELFE continuar participando das concorrências de novos contratos do SOP-OM.

A direção do SINDIPETRO-RN entende a reação da categoria como legitima e destaca que a situação trabalhista pode ser agravada com a chegada de uma nova empresa. Para o diretor da Secretaria-Geral do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio, a categoria está calejada. “Na terceirização, mudam-se as fardas e precarizam-se os contracheques a cada mudança de empresa”, explica.

Para o diretor do Sindicato para Assuntos do Setor Privado e Terceirizado, Manoel Assunção, mesmo se tratando de uma matéria pouco comum na atividade sindical, a entidade precisa estar ao lado da categoria. “Sabemos que a finalidade maior da terceirização é o enfraquecimento das relações de trabalho e a superexploração do trabalhador e, por isso, precisamos estar atentos”, defendeu.