A testagem da COVID- 19 em todos os trabalhadores da Petrobrás e terceirizados continua na pauta da diretoria do SINDIPETRO-RN. Nesta quinta-feira(15) os dirigentes sindicais, José Araújo, Marcos Brasil e Pedro Lúcio, estiveram em reunião com as gerências da Assistência Multidisciplinar de Saúde(AMS) e da Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) da Petrobras para tratar sobre os testes do coronavírus em petroleiros vacinados e não vacinados.
Na oportunidade, a diretoria sugeriu que a Petrobrás repense sua estratégia de prevenção na nova realidade de convivência de petroleiros imunizados ou não. A Estatal por sua vez informou que o teste sorológico realizado a cada 14 dias em trabalhadores on-shore mede apenas se a pessoa detém os anticorpos para a COVID-19, sendo ineficaz para medir se a pessoa está doente ou não.
Com essa prerrogativa, a empresa está dispensando novos testes em trabalhadores vacinados, já que a imunização é justamente para gerar esses anticorpos e que o exame RT-PCR teria que ser realizado diariamente, o que, segundo a Petrobrás, é inviável do ponto de vista logístico e financeiro.
Neste sentido, entende-se que uma empresa com um valor de mercado de R$ 369,89 bilhões não quer gastar para efetuar novos testes nos trabalhadores responsáveis pelo seu sucesso econômico. A pergunta que fica nesse sentido é: quanto vale a vida de um petroleiro e de seus familiares?
Mesmo diante da ausência de testes, a direção do sindicato solicitou um novo reposicionamento sobre as políticas sanitárias no combate ao coronavírus nas instalações da Petrobras e terceirizadas, e voltou a cobrar a testagem em massa para todos.
“A Petrobrás poderia ser um grande exemplo de rastreamento da COVID-19 no meio corporativo e no mundo, se tomasse essa decisão e os cuidados fossem ser mantidos pelos trabalhadores, teríamos um quadro melhor no enfrentamento dessa doença”, explicou Pedro Lúcio, Diretor da FUP e Secretário-Geral do SINDIPETRO-RN.