A convite da UJS – União da Juventude Socialista, o SINDIPETRO-RN tem contribuído com o movimento de ocupação de escolas, institutos federais e universidades públicas, que começou no Estado há um mês e meio, participando de diversos debates. Na última terça-feira, 1º de novembro, o secretário geral do Sindicato, Pedro Lúcio, proferiu palestra para estudantes da Escola Estadual Anísio Teixeira, localizada no bairro de Petrópolis, em Natal.
A apresentação abordou a luta da categoria petroleira em defesa da Petrobrás, a importância da soberania energética para nosso país e os reflexos da Lei do Pré-sal na educação brasileira, mostrando que a partir do governo Lula, a Companhia foi corretamente tratada como um instrumento de promoção do desenvolvimento regional e nacional, capaz de estimular, inclusive, a reorganização e fortalecimento de outros setores e segmentos industriais do país.
Segundo Pedro Lúcio, as mudanças na exploração do petróleo propostas pelo governo golpista de Michel Temer, e que se encontram em andamento no Congresso Nacional, deverão reduzir recursos para a Educação e a Saúde da população. Isto, porque, a Lei da Partilha, que regulamenta a expoloração do Pré-sal, assegura a destinação 50% do Fundo Social para a Educação e a Saúde e a divisão dos royalties em 75% para a Educação e 25% para a Saúde.
Ocupações
Organizado pela UBES e pela UNE, o movimento de ocupação de escolas e universidades está presente em diversos Estados e reivindica uma pauta com três eixos: fim da PEC 241, que congela os investimentos em Educação e outras áreas pelos próximos 20 anos; supressão da Medida Provisória 246, que propõe mudanças no ensino médio; e o arquivamento do PL 121/2016, conhecido como ‘Escola sem partido’, mas chamado pelos estudantes de ‘Lei da mordaça’.
Em Natal, mesmo sendo uma das escolas estaduais mais bem conceituadas da cidade, pois sempre se manteve no ranking das que mais aprovam no Enem – Exame Nacional do Ensino Médio, com matrículas bastante disputadas, os estudantes da Anísio Teixeira também estão mobilizados, denunciando vários problemas específicos relacionados a carências na infraestrutura.
Além de Sindicatos e movimentos organizados por outras categorias, como a dos “Juristas pela Democracia”, os estudantes têm contado com o apoio de artistas, músicos, professores e de diversois segmentos da sociedade civil, que se somam à causa e estabelecem uma rede de solidariedade em torno dos estudantes, realizando aulas extras, palestras educativas e doação de mantimentos entre outros itens necessários à ocupação.
Os números oficiais das secretarias de governo e das reitorias do IFRN e UFRN, é de sete unidades ocupadas. Entretanto, de acordo com os estudantes, além do campus Natal da Universidade Federal, há sete escolas estaduais e cinco Institutos Federais (IF’s) ocupados em todo o Estado.