Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 6, com a Gerência Geral da UO-RNCE, em Natal, a Diretoria Colegiada do SINDIPETRO-RN reiterou seu repúdio ao conteúdo do Documento Interno que orienta as chefias sobre o tratamento a ser dado à frequência, em decorrência de participação de trabalhadores na paralisação realizada em 24 de julho, em defesa da Petrobrás e do pré-sal, contra o corte de investimentos e a venda de ativos.

Para os diretores da entidade, o procedimento se assemelha a uma chantagem, podendo, inclusive, ser entendido como assédio moral, uma vez que busca individualizar a responsabilidade pela implementação de uma ação que foi decidida coletivamente, de forma democrática, nas instâncias de discussão e deliberação das entidades representativas dos trabalhadores: os Sindicatos.

O SINDIPETRO-RN entende, ainda, que, no decorrer da Campanha Reivindicatória, frequência e desconto são matérias que devem ser tratadas em mesas de negociação. Por isso, identifica o método como uma tentativa de intimidação, que tem por objetivo refrear o ímpeto de luta da categoria, num momento em que a Petrobrás tem sua integridade ameaçada e que o pré-sal corre o risco de mudar de mãos.

Por fim, reafirmando que o Sindicato é o interlocutor legal e legítimo da categoria petroleira para tratar de todas as questões relativas ao movimento, a Diretoria Colegiada do SINDIPETRO-RN orienta os trabalhadores e trabalhadoras a não responderem a qualquer tipo de questionamento de cunho individual sobre a participação na paralisação de 24 de julho.

Ao mesmo tempo, conclamamos os ocupantes de cargos a se solidarizarem com nossa luta, refletindo sobre uma frase do célebre advogado, escritor e historiador pernambucano, Barbosa Lima Sobrinho:

“No Brasil, só existem dois partidos: o de Tiradentes e o de Silvério dos Reis. Eu pertenço ao primeiro!”