Em assembléias realizadas no período de 15 a 18 de fevereiro, trabalhadores e trabalhadoras da Empercom aprovaram a realização do Dia da Indignação Coletiva e a decretação do Estado de Greve. O Dia da Indignação, que deverá ser caracterizado por paralisações e protestos, será realizado em 23 de fevereiro, estendendo-se até o dia 24, quando tem início o Estado de Greve.

As mobilizações visam alertar a direção da Empercom para a necessidade de superação do impasse em que se encontra a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2010/2011. Com diversos contratos de prestação de serviços junto à UO-RNCE, essa empresa mantém cerca de mil trabalhadores atuando no Alto do Rodrigues, Base 34, Canto do Amaro, Riacho da Forquilha e Fazenda Belém.

Dividir e retardar – Desde a data-base, a disposição demonstrada pelos trabalhadores é a de negociar um acordo justo, no período de tempo mais curto possível. Mas não é assim que pensa a direção da Empercom. Na atual campanha, a estratégia adotada pela empresa é apoiada em dois esforços: dividir os trabalhadores e retardar ao máximo as negociações. E, para concretizar esses objetivos, os dirigentes não medem esforços.

De um lado, buscam cooptar o SINDIMETAL para atuar como concorrente ao SINDIPETRO/RN na tarefa de representar os trabalhadores. De outro, mostram-se intransigentes, sem qualquer disposição de debater as propostas já encaminhadas pelos trabalhadores. Com essas atitudes, a Empercom tenta caracterizar o impasse atual como sendo um problema jurídico, de conflito de representação. E, isso, como se não houvesse uma sentença prolatada pela Justiça do Trabalho, reconhecendo o SINDIPETRO/RN como entidade representativa. Mais do que nunca, caberá aos trabalhadores da Empercom darem conseqüência às decisões tomadas nas assembléias, mostrando de qual lado estão.