Movimento teve início às 6h30 desta quarta-feira, 3, na Base da Petrobrás em Mossoró 
Em assembleia deliberativa realizada na manhã desta quarta-feira, 3, trabalhadores da COMAU lotados na Base 34, em Mossoró, aprovaram por unanimidade a realização imediata de uma parada de advertência de 24 horas. A categoria não aceita retrocessos no Acordo Coletivo de Trabalho 2019-2020. A empresa apresentou proposta que retira o adicional de periculosidade e o plano de saúde para dependentes. 
De acordo com a Diretoria do SINDIPETRO-RN, a COMAU alega ter feito uma pesquisa sobre os novos contratos de prestação de serviços com a Petrobrás e afirma não ser mais obrigada a pagar os 30% de periculosidade. Na terça-feira, 2, a empresa apresentou uma compensação para substituir o adicional, chamada de “Prêmio Assiduidade”. 
O novo benefício proposto pela empresa pagará R$ 152,00 para trabalhadores com salários de até R$ 1.240,00; R$ 220,00 para quem recebe de R$ 1.240,81 a R$ 1.526,80; e R$ 250,00 para quem recebe acima de R$ 1.526,80. 
Para fazer jus a esse benefício, o trabalhador deverá cumprir algumas metas, entre elas, a de não faltar ao posto de trabalho. Para o diretor do SINDIPETRO-RN, Manoel Assunção, “a proposta é questionável, visto que o adicional de periculosidade não contém essa exigência”.
De acordo com o secretário geral do Sindicato, Pedro Lúcio, o adicional de periculosidade é uma contrapartida da empresa por expor o trabalhador em atividade que possa agredir sua saúde física. “Entendemos que o pagamento do adicional aplicado no âmbito da segurança e saúde do trabalho é indicado quando determinada atividade ou função é considerada uma ameaça à vida e saúde do trabalhador”, explica o Pedro.
Sobre o plano de saúde, a empresa informou, em sua proposta de Acordo Coletivo de Trabalho, que irá cobrar R$ 95,00 fixos para cada dependente e 30% de coparticipação. Esse ponto causou imensa revolta entre os trabalhadores e foi o principal estopim para a deflagração da parada de advertência. 
A Diretoria do SINDIPETRO-RN aguarda uma nova convocação da empresa para negociar a proposta de ACT e avisa que não vai tolerar retirada ou flexibilização de direitos conquistados.