Os trabalhadores e trabalhadoras da ELFE que desempenham suas atividades no Alto do Rodrigues e Canto do Amaro paralisaram suas atividades nos últimos dias 4 e 5, respectivamente. Com duração de duas horas, as ações foram motivadas pelo descumprimento de, pelo menos, oito cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho e retrocesso nas negociações da PLR.
Entre as principais queixas estão o não pagamento do adicional de 15% para operadores e auxiliares skymunck, e do vale-transporte, referente aos sábados, domingos e feriados; cobranças indevidas de consultas pelo plano de saúde, sem ressarcimento pela Empresa; retirada da ceia dos funcionários do turno; desrespeito da cláusula 30ª, que garante o direito a três dias de folgas abonadas; além da retirada, sem comunicação prévia e indenização, do Adicional de Periculosidade de algumas funções.
Em relação ao último ponto, o diretor Pedro Idalino fez algumas ressalvas “há situações em que mesmo cargos administrativos demandam o pagamento de periculosidade. Neste caso da Elfe, trata-se de trabalhador que desempenha sua função em ambiente que oferece riscos a sua integridade. Portanto, ele faz jus ao adicional”, explicou.
Desde novembro de 2014, o SINDIPETRO-RN tenta dialogar com a Terceirizada a fim de solucionar as irregularidades trabalhistas. Em fevereiro/2015, a Empresa foi chamada pelo Sindicato a prestar esclarecimentos sobre os problemas, e, também, para negociar a Participação nos Lucros e Resultados – PLR. Na ocasião, a Gerência da ELFE, ao tempo que se prontificou a investigar cada uma das denúncias mencionadas e apresentar soluções ainda em março, disse não ter condições financeiras de pagar o abono.
Para o coordenador-geral do SINDIPETRO-RN, José Araújo, a Empresa se mostra contraditória em suas declarações, uma vez que, em janeiro deste ano, havia apresentado uma proposta mínima de R$220,00 e máxima R$720,00 a título de PLR. Diante disso, o entendimento é de que o pagamento do benefício pé possível. “Alertamos que, enquanto não houver por parte da Empresa uma atitude para restabelecer o diálogo visando uma solução para corrigir essa injustiça, o SINDIPETRO-RN vai realizar várias manifestações. Paralisação em todas as áreas até que o negociado seja cumprido”, finalizou o coordenador.